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Brasil terá semana de 4 dias de trabalho a partir de setembro

A partir do dia 5 de setembro, terá inicio a rodada de testes da semana de trabalho reduzida de 5 para 4 dias úteis

Uma nova abordagem para a jornada de trabalho está prestes a tomar forma no Brasil, trazendo consigo a promessa de uma semana de quatro dias, sem qualquer diminuição salarial. A partir de 5 de setembro, o país inicia oficialmente o seu teste nessa jornada reduzida, marcando o início das rodadas de palestras e planejamento nas empresas selecionadas para este inovador projeto-piloto.

Nesse cenário, um espectro diversificado de setores adentra essa nova era, com participantes que variam desde hospitais e empresas de consultoria até editoras, produtoras de vídeo e agências de comunicação. Entre os pioneiros, estão a Soma, a central de serviços compartilhados do grupo Dreamers, juntamente com a editora Mol e Ab Aeterno, a Casa dos Parafusos e a Alimentare. Anunciadas pela 4 Day Week, organização que explora modelos inovadores de trabalho e produtividade desde 2019, e pela Reconnect Happiness at Work, parceira do projeto no Brasil, essas empresas estarão na vanguarda da experimentação desse novo paradigma de trabalho em São Paulo.

À medida que essa jornada alternativa começa a desenhar novas possibilidades no panorama laboral brasileiro, será interessante observar como essas empresas pioneiras moldarão o futuro da organização do trabalho no país.

Empresas participantes do projeto

  • Abaeterno
  • Alimentare Nutrição e Serviços
  • Brasil dos Parafusos
  • Clementino e Teixeira Advocacia
  • Editora MOL
  • GR ASSESSORIA CONTABIL
  • Haze Shift Consultoria
  • Hospital Indianópolis
  • Innuvem
  • Inspira
  • Oxygen Experiências, Capacitação e Conteúdo em Inovação
  • PiU Comunica
  • Plonge
  • Smart Duo
  • T4S – Thanks for Sharing Comunicação

Sob a bandeira do movimento “4-Day Week”, quase quinhentas empresas ao redor do mundo já estão experimentando uma abordagem de jornada de trabalho que redefiniu o equilíbrio entre tempo e produtividade. Nesse modelo, conhecido como 100-80-100, os profissionais mantêm o recebimento integral de seus salários, mas trabalham 80% do tempo regular, comprometendo-se, em contrapartida, a manter 100% de sua produtividade.

No entanto, os desafios que se apresentam não se limitam apenas às complexidades das leis trabalhistas locais. Como ressalta Gabriela Brasil, diretora do “4-Day Week Global”, a cultura arraigada do “presenteísmo” representa um obstáculo significativo, tanto por parte das empresas quanto dos próprios colaboradores. Uma transformação eficaz exigirá uma comunicação abrangente e a adesão completa das lideranças, estabelecendo a base para uma confiança renovada entre os trabalhadores, que encontrarão segurança neste novo paradigma.

Quais as vantagens da semana com 4 dias de trabalho?

Os números coletados entre as empresas participantes ao redor do globo oferecem um vislumbre revelador:

  • 36% experimentaram um aumento notável em seus resultados, quando comparados ao ano anterior.
  • 42% observaram uma redução significativa nas taxas de demissão.
  • 68% indicaram uma marcante diminuição nos casos de esgotamento dos funcionários.
  • 54% reconheceram um notável incremento na produtividade.
  • 63% descreveram uma notável facilidade em atrair talentos.

Tais estatísticas corroboram, nas palavras de Renata, que o investimento em saúde e motivação dos colaboradores reverbera diretamente em um maior nível de produtividade e, consequentemente, maiores margens de lucro para as empresas. Isso se traduz em um diferencial também no que diz respeito à retenção de talentos. “Está provado que, quando as organizações abandonam a cultura de sobrecarga de trabalho e resgatam a humanidade, a produtividade naturalmente aumenta”, ressalta.

O Hospital Indianópolis, uma das empresas que optou por testar esse novo paradigma, compreende essa filosofia. Eduardo Hagiwara, diretor-geral do hospital, explica que a área de saúde foi particularmente atingida pelo fenômeno do burnout durante a pandemia. “A implementação de uma jornada de trabalho reduzida em um ambiente hospitalar exigirá um estudo minucioso.

Por esse motivo, estamos começando pelo departamento administrativo. No entanto, é uma necessidade imperativa”, compartilha Hagiwara. Ele acrescenta que os riscos decorrentes da exaustão de um profissional de saúde podem ter implicações diretas na vida dos pacientes, destacando a importância dessa transformação.

 

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